É em palcos que a língua fala
Para que sapateie o som,
E em arte a palavra dança,
É estrela ou escolha, um dom
Blasé diante do céu
Não importa seu reflexo,
Tampouco quer um troféu
Por este veio complexo
E por mais que aqui se apinhem
Desejos, valores ou sonhos
E outros mais abundem,
São, no mais, enfadonhos
A palavra não sente,
Não chora, ou ri
Ela, logo, transcende
Está longe daí
Portanto, senhor poeta,
Se o queres bem ser,
Não mate palavras;
As deixe viver
Rodrigo Aleixo
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