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quarta-feira, 26 de março de 2008

Morre lentamente

Autor Desconhecido - Baseado em poesia de Pablo Neruda:



Morre lentamente

Morre lentamente quem se torna escravo do hábito, quem repete todos os dias os mesmos trajetos, quem compra sempre as mesmas marcas, quem não se arrisca a vestir uma cor nova, aquele que não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o “preto no branco” e os pingos nos “is”, a um turbilhão de emoções, justamente aquelas que resgatam o brilho dos olhos, os sorrisos, os soluços e levam os corações aos tropeços dos sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca trocar o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, ao menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo, quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes mesmo de iniciá-lo, não faz perguntas sobre coisas que desconhece e não responde quando indagado sobre aquilo que sabe.

Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso e evita as próprias contradições, quem faz da TV o seu guru e seu parceiro diário.

Evitemos a morte em suaves prestações lembrando sempre que, estar vivo, exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

Somente a paciência ardente, a perseverança, fará com que conquistemos uma esplêndida felicidade.

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