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domingo, 30 de outubro de 2011

The Dark Lights of Life


Contrasts are bright like serenity and dark like sorrow;
The bright smile of a groom, the dark eyes of a bride;
Bright like the emptiness of a well-lit room, dark like a mother's peaceful womb;
Dark like some loves and bright like some losses;
Or perhaps bright like a love in the dark, dark like a loss in daylight;
Dark like hours of anguish, bright like hours of anxiety;
Bright like a warm afternoon of sunlight in your cheeks;
Dark like cold nights of waiting and worries;
Bright like naivety and dark like the seriousness;
Dark speeches of leaders, bright whispers of teachers;
Bright in the colors of nature, dark in the colors of art;
The black, the white, red blood, navy-blue;
Tears of enjoyment, claps of fear;
A poem, my dear.

Rodrigo Aleixo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Normalmente...

Normalmente existe um abismo inteiro entre como você acha que deve ser e como querem que você seja; normalmente nenhuma das alternativas é realmente você.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Inspiração de Quinta-Feira

O sótão da minha alma é consciência, os basculantes são meus olhos-vitrais embaçados de miopia e poeira que me protegem do tempo e do tempo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Pulsares

São estrelas, os pulsares, daquelas que quase ninguém entende e os poucos que entendem não percebem a magnificência que é entendê-los.
Eu, particularmente, não entendo um pulsar. Poderia passar horas e horas aqui apenas ruminando o que todos podem ler em revistas científicas e astronômicas e ainda assim não compreenderia a sua complexidade. Isso não importa muito, pois, na verdade, o que realmente vale são as sensações que esta estrela de neutrons densa é capaz de causar.

É como embarcar em um navio e ser guiado, mesmo que às escondidas, pela luz de um farol distante que, de costume, guia nobres para um porto seguro. Mas não estou em movimento, estou ancorado, não sou nobre; sou apenas um tolo apaixonado pela luz pulsante e regular que esta emite, o efeito que esta exerce. A luz quase-quimérica, suave, toca a minha superfície para depois virar breu, um misto de calafrio e euforia. Eu não ligo, é como se estrelas fizessem infinitas viagens-luz até a Terra somente para cumprimentar-me; fazendo com que aparentem piscar. O efeito farol.

O que eu mais gosto nas estrelas é esse brilho louco que cega a gente e que a gente segue, quase-cegos, quase-mudos.
Distraído, me apanho tentando apanhar estrelas. Tolice! Não se pode apanhar estrelas, então contento-me em orbitar distante aquele pulsar. É lindo e reconfortante só saber que está lá, que existe, que guia, que pulsa; tum-tum; a Greenwich dos corações desajustados.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Alguns Loucos Se Casam No Outono

Uns estão presos no Inverno, outros já estão na Primavera. Eu particularmente estou no Outono: As folhas amareladas, o céu cinzento, sisudo.
As estrelas parecem brincar de pique-esconde; a lua, pálida, gripada, se cobre com véu nublado. Amanhã tem casamento de loucos. Sim, só os loucos se casam no Outono, quando o céu resolve chorar. Atchim! - Esta gripe que não passa... É dor no corpo inteiro, preciso de um suco de laranja.
A febre e os delíros já devem passar, meu filho, não é hora de ficar triste, ou chorar... Isso é tão ano passado, beba seu suco.
Ano passado foi Inverno, hoje é Outono, então presumo que amanhã será Verão, umas das estações que menos gosto... O suco está amargo, quero mais açúcar.
Amargo faz bem, está bem? Vê se trata de beber o suco sem reclamar.
Outono amargo, dos loucos, só os de-lua se casam no nublado. Não acabei de beber as lágrimas do céu, eu não tinha pedido mais açúcar?
O delírio já vai passar, filho, tenha pressa.
Você quis dizer NÃO tenha pressa, não?
Foi o que eu disse. Agora durma, amanhã é Verão.
Está bem, bons sonhos para você. Já te disse que meus pais se casaram no Outono? Eu nasci no Inverno...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A corda! Está na hora...

É como naquele jogo de passar por debaixo da corda: Uns passam para o lado de lá, enquanto uns ficam para trás barrados pelo sucesso alheio. Há os que ainda anunciam eufóricos: "Passei!" Como se tudo se resumisse aí. Aparentemente incapazes de enxergar a corda ali atrás, baixando um pouco mais sua altura e dificultando os outros que tentam, futilmente, passar por debaixo dela.
Se você não reinventar a vida, reinventar as regras do jogo, a corda vai continuar a descer e, cedo ou tarde, alguem vai cair... É hora de saltar a corda, eu acho! Você não?

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Vazio, esvaziei a voz, esvaziei a vez. Às vezes rouco, ausente. Aos entes, minha dor-silêncio, minha indolência. Não sou mais quem fui. Sou.
Rodrigo Aleixo