Páginas

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Blue Travels Ahead

If you can use your time to travel far and wide
And sink your feet in water, and grass, and sand
And dance to foreign songs about the moon and the tide
Your fears can be forgotten, for again you may stand

If you defy your limits - all the ones you set
And you run out of time, though there's more to be seen
For that you are the saddest, as blue as you get
Get up and fight - warrior! The world's all green

Rodrigo Aleixo

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Outras Ostras

Cultivamos certas mentiras como se fossem preciosidades, como pérolas dentro de ostras ainda vivas.
Certas mentiras são meras centelhas de esperança, pérolas-joia, para admirarmos diariamente na expectativa de que não sejam inverdades.
Outras mentiras são ostracismos, pondo-nos como pérolas-câncer de nós mesmos, calcados, incrustadas em nosso reflexo, antes cristalino, puro, translúcido.
A rispidez de certas pérolas não as deixa passarem fácil, tais-quais, para dentro de nossos corações-esôfagos: é preciso poli-las, lustra-las, deixa-las do tamanho exato e redondas para que desçam goela abaixo por vias-sábias; vias estas constantemente entupidas, bloqueadas, congestionadas por verdades vastas demais, grandes demais, doídas demais para engolirmos.

Chega a ser irônico obstruir verdades para deixar passarem as ostras, e, no entanto... cultivamos mentiras, certas como pérolas que nos foram jogadas.

Rodrigo Aleixo


terça-feira, 7 de junho de 2016

para provar que és poesia

escrevo-te em papel de carta,
rimo-te ao meu rítmo cardíaco
e palavreio-te a mil amantes
que, de loucos, choram por ti

me inspiro em memória tua
e ardendo, feito fogo em brim
em calorosas chamas apaixonadas,
rogo por misericórdia

faço de mim instrumento teu
em êxtase, me rendo às fraquezas
e sinto, com as mãos no peito,
as supostas rimas de ti

Rodrigo Aleixo

Ahh

suspiro por tuas causas
suspiro por tua causa
suspiro por ti
suspiro forte
suspiro

Rodrigo Aleixo

domingo, 5 de junho de 2016

Estrutura

Eu sorri
Com o rosto inchado
Com os olhos molhados
E gosto de rum nos lábios

Daiquiri

Quis ser fraco
Mas a força em mim é plena
Então pedi desculpas
E enfim desculpei

Rodrigo Aleixo

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Arrepios

Tudo o que eu não pude ser
São fantasmas do meu passado
Tudo o que eu aparento ser
São fantasmas do meu agora
Tudo o que eu planejo ser
São fantasmas do meu futuro
Cada qual com sua maneira única
De me assombrar

Rodrigo Aleixo

Of Hearts and Dreams

They say shattered dreams, because their shred's sharp edges pierce the soul and rip it down, tearing us apart, scarring from within. In a desperate attempt we turn the soul inside out, salvaging the other dreams, carefully stuffing them back in along with new ones. But we're unaware that once a soul has been flipped, the thread of life is no longer to be seen.

They say broken heart, because it once functioned fine, but then it stopped. Leaving all the happiness to be sought elsewhere, leaking sorrow from its veins, no repents, a lot of pain. So we wait for it to heal, but broken things don't heal. They need to be repaired, fixed, and once one does it, it will be prone to break more easily, for its durability has been damaged.

Rodrigo Aleixo